Um breve histórico dos conflitos raciais nos estados unidos, e uma analogia com o desenho x-men
A frase acima nos remete a uma questão: quem são esse “X-Men”, o que fazem e por que fazem? A princípio para que possamos entender um pouco sobre esses personagens é preciso que tomemos atenção a alguns aspectos, por exemplo: não podemos deixar de mencionar que “X-Men” seja um cartoon de fácil aceitação entre os mais jovens, por trazer uma história contagiante e combates alucinantes, aonde os “mutantes” em nome de uma ideologia vão até seus limites, e que sempre no final fica com um “gostinho de quero mais”. Mas para aqueles que não lêem os gibis dos mutantes, ou nunca assistiram ao cartoon ou nem ao filme, tudo isso pode soar apenas como mais uma mera ficção de super-heróis que usam seus poderes para salvar o mundo e ajudar aqueles que necessitam. No entanto, uma olhada de mais perto revela temas bem enraizados na política americana, com personagens que incorporam certas atitudes e figuras históricas dos anos 60. Mais especificamente, assuntos relacionados ao multi-culturalismo e a igualdade, tanto para negros, quanto para mulheres, mas aqui o foco central será somente a questão do negro. Afinal, quem são os criadores desses personagens? Stan Lee e Jack Kirby, que em 1963 criaram X-Men, como um eco dos conflitos raciais nos Estados Unidos. Pode-se ver a fissura entre os X-Men e os mutantes chefiados por Magneto como reflexo da divisão entre o pacifismo de Martin Luther King e a virulência de Malcom X, os líderes do movimento negro dos anos 60.
A questão racial dentro dos Estados Unidos é algo que vem de longa data, mas antes quero apenas situar a fundação da “Ku-Klux-Klan” em 1867, dois anos após o fim da Guerra de Secessão americana. Uma sociedade secreta racista e terrorista, que tinha por objetivo impedir a integração dos negros como homens livres e com direitos