TÓPICO ESPECIAIS EM MARKETING

No final da década de 90, um novo género de programas de televisão revolucionou o entretenimento doméstico na Europa e nos Estados Unidos - os reality shows. Inspirados em parte no desejo voyeurístico das pessoas de espiar a vida alheia e utilizando os avanços da tecnologia de som e imagem, essas "novelas da vida real" atingiram imediatamente espantosos índices de audiências nas redes de TV de diversos países. Um desses programas (The Bachelorette, Estados Unidos) chegou a atingir mais de 30 milhões de telespectadores em seu último episódio.
Somente nos Estados Unidos, no início de 2004, cerca de 60 reality shows eram exibidos nacionalmente. Um destes exibida um pequeno grupo de pessoas confinado em uma casa onde são filmadas 24 horas por dia, durante várias semanas (Big Brother).
Esse novo formato foi criado na Europa pela empresa de entretenimento Endemol, que lançou, em 1999, o primeiro reality show, o Big Brother, no canal holandês Verônica. Inspirado no livro 1984, de George Orwell, no qual os personagens, habitantes de um país fictício são vigiados diariamente por câmeras que funcionam como olhos do governo, o Big Brother reunia 12'pessoas desconhecidas para viverem por três meses isoladas em uma casa, tendo seus movimentos diariamente monitorados por câmeras e microfones e transmitidos para milhões de telespectadores. O programa imediatamente se tornou um fenómeno de audiência e logo foi exportado para 19 países (incluindo EUA, Alemanha, Inglaterra, Portugal e Brasil). Seus participantes se tornaram celebridades da noite para o dia, faturando verdadeiras fortunas.

No Brasil, o primeiro reality show, a Casa dos Artistas, foi exibido pela Rede SBT no início de 2002, poucos dias antes de a concorrente Rede Globo de Televisão transmitir o Big Brother Brasil (BBB). Ambos os programas, baseados no Big Brother, provocaram muita curiosidade, polémica e audiência entre o público telespectador do país. Enquanto no primeiro os participantes eram artistas famosos,