Tuerismo em Mocambique

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2.2. Conceito e definições

O conceito de turismo pode ser estudado de diversas perspectivas e disciplinas, dada a complexidade das relações entre os elementos que o formam. Como já foi mencionado, existe ainda um debate aberto para chegar a um conceito único e padrão que reflita uma definição universal.

O turismo como matéria de estudos universitários começou a interessar no período compreendido entre as duas grandes guerras mundiais (1919 – 1938). Durante esse período, economistas europeus começaram a publicar os primeiros trabalhos, destacando a chamada Escola de Berlim com autores como Glucksmann, Schwinck ou Bormann.

Em 1942, os professores da Universidade de Berna, W. Hunziker e K. Krapf, definiam o turismo como: “A soma dos fenômenos e de relações que surgem das viagens e das estâncias dos não residentes, desde que não estejam ligados a uma residência permanente nem a uma atividade remunerada”.

Obviamente esta definição lançada em plena guerra mundial e como antecipação do que seria o turismo de massa é pouco ampla e pouco esclarecedora, pois introduz muitos conceitos indeterminados que deveriam ser previamente definidos. Assim, a palavra “fenômenos” refere-se a quê? Pode-se considerar um fenômeno turístico o extravio de uma mala num aeroporto? Por outro lado, a dita definição permite considerar como turista quem tivesse de fazer um deslocamento para uma visita com fins terapêuticos, por exemplo.

Posteriormente, definiu-se o turismo como: “Os deslocamentos curtos e temporais das pessoas para destinos fora do lugar de residência e de trabalho e as atividades empreendidas durante a estada nesses destinos” (Burkart e Medlik, 1981).

Nessa definição, conceitos como “deslocamentos fora do lugar de residência e de trabalho” introduzem positivamente a conotação de viagem e férias/lazer, em contraposição à “residência” e ao “trabalho”, mas, ao mesmo tempo, deixa de fora conceitos modernos de turismo como são as viagens por motivo de negócios, com ou

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