TUBERCULOSE
A tuberculose é uma doença endêmica no Brasil, sendo o Rio de Janeiro o estado com o maior número de casos notificados. Estima-se ainda que um terço dos casos não é diagnosticado e que existe um percentual elevado de abandono de tratamento, impondo um risco do desenvolvimento de cepas resistentes aos medicamentos.
A transmissão nosocomial do bacilo a outros pacientes, profissionais de saúde e visitantes tem sido por diversas vezes documentada, inclusive com descrição de casos em nosso meio, entre profissionais de saúde, de primo-infecção com cepas multiresistentes. Portanto, a tuberculose se impõe como uma importante causa de infecção nosocomial no país.
Entre as diferentes formas de apresentação, a pulmonar é a forma clínica que apresenta importância epidemiológica na transmissão intra-hospitalar. Esta transmissão se dá através do ar contaminado, onde partículas em suspensão são inaladas, chegando aos alvéolos pulmonares e iniciando-se assim o processo infeccioso. Neste sentido, a ventilação ambiental com trocas de ar é necessária para a prevenção.
Querendo e devendo contribuir para a prevenção da ocorrência nosocomial de tuberculose no HSA, a CCIH elaborou esta Rotina que visa a proteção dos pacientes, visitantes e profissionais da Instituição. Ressaltamos que as orientações foram elaboradas levando-se em conta a estrutura física e ambiental da Unidade.
VIGILÂNCIA DE TUBERCULOSE
Vigilância na admissão hospitalar - Tem como objetivo detectar indivíduos transmissores do bacilo da tuberculose.
São pacientes comprovadamente de risco para a transmissão:
1 Caso de tuberculose pulmonar e/ou do trato respiratório superior, confirmado por exame microbiológico (presença de BAAR na baciloscopia do escarro ou cultura positiva para Mycobacterium tuberculosis): a virgem de tratamento; b com tempo de tratamento ≤ 15 dias; c com tempo de tratamento ≥ 15 dias, porém sem comprovação de negativação do BAAR em 3 amostras de escarro, coletados em 3 dias consecutivos;
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