Tuberculose
Neste módulo, será abordado o diagnóstico da tuberculose sob diferentes perspectivas: como passo inicial importante para a redução do problema na comunidade e como uma das etapas para diminuir o sofrimento do doente. Serão apresentados os exames complementares habitualmente realizados e suas indicações, bem como os novos métodos que vêm sendo avaliados e seus rendimentos. Será abordada também a importância do diagnóstico da resistência bacteriana, para a definição terapêutica com maior potencial de cura. O diagnóstico radiológico não será comentado já que ele será objeto de um módulo próprio.
Quais os métodos de diagnóstico da tuberculose?
Assim como em qualquer outra doença infectocontagiosa, a suspeita clínica da tuberculose começa na presença de um quadro clínico arrastado de febre baixa, geralmente vespertina, sudorese noturna, indisposição, adinamia e perda de peso. Dependendo da localização da doença, podem surgir outros sinais e sintomas. Quando a lesão é pulmonar, pode haver tosse produtiva e sangramento respiratório. Nas formas extrapulmonares, os sinais e os sintomas dependerão do órgão afetado. Por ser uma doença infecciosa, a confirmação diagnóstica é dada pela identificação do BK em material da lesão. Até pouco tempo atrás, isso só era possível por meio de exames bacteriológicos, particularmente a cultura. Hoje, com o desenvolvimento de técnicas imunológicas e de métodos de imagem, outros recursos podem ser usados para legitimar o diagnóstico. Globalmente, os métodos diagnósticos dividem-se em bacteriológicos, histopatológicos, imunológicos e radiológicos. Os bacteriológicos compreendem, classicamente, exame direto e cultura. No primeiro, o material da lesão é corado com uma técnica específica (coloração de Ziehl-Neelsen), que permite identificar o BK como uma micobactéria. É um método simples, rápido e de baixo custo, que prescinde de laboratório sofisticado. No entanto, só é positivo quando há grande número de