Tuberculose
Introdução:
A forma clínica de tuberculose (TB) com bacilos resistentes a rifampicina (R) e à isoniazida (H) foi conceitualmente denominada multidrugresistant tuberculosis (MDRTB) nos Estados Unidos, no final da década de 1980 (DALCOLMO e cols, 2007). O Brasil é um dos 22 países priorizados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para otimizar o controle da tuberculose em virtude de abrigarem 80% dos casos de TB no mundo. Anualmente ainda morrem 4500 pessoas no país por tuberculose, doença prevenível e curável (MS, 2002a). Em 2009 no estado do Pará foram notificados 3556 casos novos de TB, com taxa de incidência de 47,85/100000 hab(MS, 2010b).
Desde 1993 a tuberculose é declarada uma emergência mundial pela OMS, sendo esta responsável pela recomendação da estratégia DOTS (Directly Observed Treatment Short-Course),que tem como objetivo aumentar as taxas de cura e detecção da doença e tem como pilares: o compromisso político garantindo recursos para o controle da TB; organização da rede laboratorial para diagnóstico e acompanhamento dos casos; garantia do fornecimento regular de medicamentos; observação da tomada de medicamentos e a alimentação e análise da base de dados para tomada de decisão (MS, 2002; WHO, 1994).
O Tratamento Diretamente Observado (TDO) é elemento central desta estratégia caracterizado pela observação da tomada da medicação e apoio ao paciente. Os Centers for Disease Control (CDC) recomendam que o ‘TDO deveria ser considerado para todos os pacientes por causa da dificuldade pelos profissionais em predizer se os pacientes aderirão ao regime de medicamentos prescritos’(CDC, 1993). De acordo com o novo Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil, é desejável que a observação da ingestão dos medicamentos seja diária (de segunda a sexta-feira) e realizada por um