ttrr
Neste presente texto, irei descrever e levantar a etiologia, os fatores predisponentes, quadro clínico, tratamento e como a equipe de saúde pode prevenir a taquipnéia transitória do recém-nascido (TTRN). A TTRN também é conhecida como uma dificuldade respiratória benigna do recém nascido, pulmão úmido ou síndrome da angústia respiratório do tipo II. (Maluf, ET AL, 2003) Embora uma pequena porcentagem de todos os recém-nascidos (RN) a desenvolvam, os RN prematuros também podem desenvolver a TTRN, mas a maioria dos RN com este problema é a termo. Este fato é muito propenso em RN nascidos de parto cesariano. Segundo Gross (1992), existe uma associação entre o parto cesária e o desenvolvimento dessa condição, possivelmente em virtude da descompressão do tórax durante o parto e da eliminação do líquido pulmonar. Outros fatores são a imaturidade pulmonar e déficit de absorção do líquido pulmonar fetal. A TTRN requer cuidados imediatos e de observação em UTI. Durante este período de internação, a lactante só pode permanece na UTI durante o momento em que vai amamentar o RN. Os sinais de aumento do trabalho respiratório aparecem logo após o nascimento e intensificam-se progressivamente nas primeiras 24h, atingem o pico por volta de 48 horas e, melhoram gradativamente após 72 horas de vida. Nos casos com má evolução, os sinais clínicos se acentuam, com surgimento de crises de apnéia e deterioração do estado hemodinâmico e metabólico. (Ministério da saúde, 2012) A atribuição de avaliar e monitorar as condições clínicas do RN cabe à equipe de enfermagem estar capacitada para detectar e intervir adequadamente frente às intercorrências que acometem os neonatos no período neonatal precoce. O fato de a maioria dos RN a termos nascerem em boas condições de vitalidade e serem considerados saudáveis clinicamente, não dispensa os profissionais de avaliá-los no período imediato do parto.