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Era o século XIV, o massacre tinha se estendido por toda a região da Inglaterra, era a época da caça as bruxas. Por conta de todo o fanatismo religioso e desordem social, as pessoas formavam grupos que saiam à noite em busca de pessoas ditas como bruxas e as matavam diante a população enforcadas ou muitas vezes queimadas. Um casal de bruxos morava escondido numa casa subterrânea numa floresta próxima à cidade de Salém, pretendiam fugir para outra cidade com o filho, porém, ao saírem uma noite para finalmente fugir, próximo a fronteira, foram descobertos e só conseguiram salvar seu filho, Alan. Era a única linhagem de bruxos ainda existente com a metade da população que havia sobrado diante os massacres, muitos eram mortos sem ao menos saber o que era magia.
Alan, um dos poucos bruxos sobreviventes, viveu sozinho e buscou desenvolver toda a magia que seus pais lhe passaram por herança durante anos, o que fez tornar-se um verdadeiro bruxo capaz de viver sem sair de sua casa. Porém, a necessidade de deixar flores no túmulo de seus pais, todo fim de mês, o fez conhecer o amor de sua vida, Lúcia, aquela que o faria mudar seus dias.
- Os meus dias contigo são os únicos dias vividos, por favor... Torne-os eternos!
Lúcia passou a viver com ele, tornou-se sua esposa, a mais devota que poderia existir, também era órfã, e seus dias com ele eram especiais, nunca recebera tanto amor de um homem, mesmo quando depois de alguns anos confessou ser bruxo. A paz enchia seus corações magoados pela vida, viam a beleza até mesmo nas menores coisas possíveis, e a luz que iluminava aquele casal, não era física, mas uma luz de amor harmoniosa que dava esperança a esses dois corações de começarem uma nova vida.
Eis que tudo andava bem, até que Alan recebera a mesma sensação que sentiu há alguns anos atrás, desespero, angústia. Acordava de um pesadelo que relembrou cada dor que sentiu, e nos braços de sua esposa, ainda em lágrimas, ouviu o que lhe fez temer até abrir os olhos:
- Alan,