Trovadorismo
Seguindo as considerações sobre a divisão da literatura de língua portuguesa em eras e períodos, inicia-se o estudo do Trovadorismo – primeiro período literário português –, que ocorreu nos fins da Idade Média.
A Idade Média teve seu início com a queda do Império Romano do Ocidente. Contudo, antes de encontrar o seu fim. Roma instituiu o cristianismo como religião oficial. Esse ato foi importante para que uma nova instituição se consolidasse: a Igreja Católica. Destruída a unidade política do Império Romano, com as invasões bárbaras e as lutas internas pelo poder, a Igreja estabeleceu uma forte hierarquia interna e unidade linguística com o uso da língua latina. Durante a Baixa Idade Média, atraiu diversos adeptos, consolidando-se como a instituição mais sólida do Período Medieval.
A Igreja realizou um controle político e ideológico sobre diversos reis e influenciou, de maneira determinante, a produção intelectual e artística do período. A essa força do pensamento religioso, que tem Deus (Teo em grego) como centro de toda a reflexão sobre a existência e as ações humanas, e a consequente influência da religião em todas as áreas do saber, dá-se o nome de teocentrismo.
A sociedade medieval estruturou-se em classes rigidamente estratificadas, as quais eram vinculadas por um regime de dependência econômica e militar. O senhor feudal, proprietário da terra, permitia que um indivíduo explorasse parte de sua propriedade, mediante o pagamento de impostos e a realização de obrigações, que envolviam trabalhos nas glebas dos senhores. Daí a necessidade de se aceitar um pacto concebido juridicamente, a homenagem, em que o senhor feudal assumia o papel de suserano, soberano, e o servo o de vassalo.
Poesia e amor cortês
As composições poéticas medievais abordavam frequentemente o amor. Esse tema, considerado universal da