Trovadorismo
O Trovadorismo se caracteriza como um estilo de época, o qual se manifestou na Idade Média, durante o período do feudalismo.
As produções literárias são chamadas de cantigas trovadorescas, cuja característica se finda em composições poéticas cantadas e acompanhadas por instrumentos musicais, dentre eles, viola, lira, harpa, flauta, alaúde e pandeiro.
Quem as compunham eram chamados de trovadores, contudo havia uma hierarquia dentre os mesmos, cuja diferença pautava-se pela função desempenhada pela interpretação, funcionando como uma espécie de status. Havia os trovadores, poetas das cortes feudais que compunham as canções sem nenhuma preocupação com retorno financeiro; os jograis, segréis ou menestréis eram homens com condição social inferior, que iam de castelo em castelo, no intuito de entreter a nobreza, exigindo, com isso, alguma forma de pagamento; soldadeira ou jogralesca, moça que dançava, tocava castanhola ou pandeiro e cantava.
Entre as cantigas que se destacaram no presente período figuram-se dois importantes grupos: a cantiga lírica e a cantiga satírica, cujo idioma predominante era o galego-português. A cantiga lírica, oriunda de Provença, região Sul da França, refletia a estrutura da sociedade feudal, na qual a vassalagem voltava-se para as relações amorosas, ora materializadas pelas cantigas de amor em que o falante declara seu amor por uma dama da corte, expresso pela coita de amor, uma espécie de sofrimento em razão da impossibilidade da realização amorosa, haja vista a divergência entre as classes sociais: ela é esposa ou filha de um nobre e ele, um servo. Em virtude dessa não realização, o sentimento corrobora-se em sofrimento por parte do enunciador, tornando-se prisioneiro de uma paixão inatingível.
Quanto aos aspectos formais, as cantigas de amor são constituídas de versos rimados, agrupados geralmente em duas ou três estrofes, dividindo-se em dois tipos: cantigas de amor de refrão