TRopicalismo
“meu caminho pelo mundo eu mesmo traço a bahia já me deu régua e compasso quem sabe de mim sou eu
- aquele abraço!”
Gilberto Gil
Por influência de Luiz Gonzaga, fez aulas de acordeom, porém escolheu o violão quando resolveu seguir o caminho da música popular. Gilberto Gil – sua música, sua interpretação, um compacto duplo gravado em 1963, marcou o início de sua trajetória de sucesso na música popular brasileira.
No ano seguinte, ao lado de Caetano Veloso, Gal Costa, Maria Bethânia, Tom Zé e outros, Gil participou do espetáculo Nós, Por Exemplo, em Salvador. Mas foi em 1967 – após lançar seu primeiro LP, Louvação – que passou a inserir novas sonoridades à música popular brasileira. Com “Alegria, Alegria” (Caetano) e “Domingo no parque” (de sua autoria), segundo lugar no III Festival de MPB da TV Record, fez eclodir o Tropicalismo, movimento que logo começou a incomodar a ditadura militar.
Presos, Gil e Caetano acabaram exilados em Londres. No início de 1972, Gil retornou ao Brasil, dando continuidade a uma obra que reuniria grandes clássicos do cancioneiro popular: “Expresso 2222”, “Xodó” (de Dominguinhos e Anastácia), “Refazenda”, “Refavela”, “Não Chore Mais” (versão para “No Woman, no Cry”, de Bob Marley), “Realce” e “Super-homem – A Canção”.
Sua seqüência de discos batizados com o prefixo “Re” – Realce, Refazenda, Refavela e Refestança – consolidou a carreira de sucesso. Em 1975, Gil gravou com Jorge Ben (Gil Jorge Ogum Xangô, também chamado Gil e Jorge). No ano seguinte, gravou também com os Doces Bárbaros – grupo formado por Gil, Caetano, Gal e Bethânia.
Nos anos 80, ele