Tribos Urbanas
Tribos urbanas
A diversidade cultural é presente em todas as cidades, de todos os estados e países. Em cidades grandes, obviamente há um maior número de pessoas vindas de diversas partes do globo, contribuindo com dois fenômenos: aculturação e maior busca de informação. A matemática é simples: quanto mais pessoas, mais informação; quanto mais informação, mais cultura, levando a uma troca maior de elementos representativos. Todos estes fatores acabam criando uma gama de opções culturais dentro de uma única sociedade.
Quando algum cidadão holandês, por exemplo, chega numa cidade qualquer do Brasil, acontece o que chamamos de aculturação, ou seja, em pouco tempo, nosso amigo holandês acaba adquirindo costumes brasileiros, sem perder seus costumes originais. De alguma forma, sua cultura também reflete no povo local, como um prato típico que passa a ser servido numa janta para amigos, numa gíria engraçada que acaba virando mania dentro de um grupo. Essa troca de elementos culturais acaba desenvolvendo uma cultura mutante, que por muitas vezes, temporária. Porém outras culturas persistem devido ao grande nível de aceitabilidade e identificação pessoal. Todo esse processo pode explicar como surgem movimentos culturais como o Punk, os Emos, os Mod’s, os Rockers, dentre outros. Estas tribos legitimamente urbanas ligam-se essencialmente a música, a roupas que podem até chocar aos olhos mais ortodoxos, costumes controversos e ligados à contracultura e no caso do movimento Punk, carregam consigo uma forte ideologia política.
Já se foi o tempo do roqueiro que só se vestia de preto e do gótico que não ouvia reggae. As tribos urbanas ainda estão aí, mas os jovens transitam sem problemas entre elas. "É como se surfassem umas nas outras", diz a psicóloga e pesquisadora de moda Cristiane Mesquita. "Eles se apropriam de elementos estéticos de algumas tribos, mas são raros os que seguem seus códigos a fundo." Uma tribo urbana é uma espécie de pacote de gosto