Tres tipos de relaçao harmonica
Crocodilo e Pássaro-palito – Às margens do rio Nilo, na África, os ecólogos perceberam a existência de um singular exemplo de protocooperação entre os perigosos crocodilos e o sublime pássaro-palito. Durante a sesta os gigantescos crocodilos abrem sua boca permitindo que um pequeno pássaro (o pássaro-palito) fique recolhendo restos alimentares e pequenos vermes dentre suas poderosas e fortes presas. A relação era tipicamente considerada como um exemplo de comensalismo, pois para alguns apenas o pássaro se beneficiava. Entretanto, a retirada de vermes parasitas faz do crocodilo um beneficiado na relação, o que passa a caracterizar a protocooperação.
COMENSALISMO.
Tubarão e Peixe Rêmora – O tubarão é reconhecidamente o maior predador dos mares, ou seja, o indivíduo que normalmente ocupa o ápice da cadeia alimentar no talassociclo. Já o peixe-rêmora é pequeno e incapaz de realizar a façanha do predatismo. O peixe-rêmora vive então associado ao grande tubarão, preso em seu ventre através de uma ventosa (semelhante a um disco adesivo). Enquanto o tubarão encontra uma presa, estraçalhando-a e devorando-a, a rêmora aguarda pacientemente, limitando-se a comer apenas o que o grande condríctio não quis. Após a refeição, o peixe-rêmora busca associar-se novamente a outro tubarão faminto. Para a rêmora a relação é benéfica, já para o tubarão é totalmente neutra.
INQUILINISMO.
Pepino-do-mar e o Peixe-agulha ou Fieraster – O pepino-do-mar é um equinodermo holoturóide (Classe Holothuroideae) que tem um recurso muito interessante quando está sendo alvo de um predador: ele seja, para fingir-se de morto junto ao seu predador, o pepino despeja suas vísceras para fora. O predador abandona-o2, ou se satisfaz com as vísceras, dando tempo para o lento pepino “sair de fininho” abandonando as vísceras regeneráveis. Neste ínterim, enquanto o pepino permanece sem vísceras o fieraster, que é um peixe muito delgado e pouco resistente à ação