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Não se enganem com a arte do pôster. Protagonizado por Dwayne “The Rock” Johnson, O Acordo passa distante de ser simplesmente um filme de ação. Verdade que tem tiroteios, perseguições e confrontos físicos, mas a obra dirigida pelo norte-americano Ric Roman Waugh, baseada em fatos verídicos, é um apanhado que foca muito mais no drama do personagem central. Através dessa explanação inicial, em traçar uma realização tipo “exercito de um homem só”, pode parecer estranho o elenco ser capitaneado por um ator, que mesmo carismático, não tem como forte o talento dramático.
Mesmo O Acordo apostando no excesso de sentimentalismo para comover a audiência, usando de uma trilha sonora de recorrentes tons melancólicos. Existe cuidado para que as cenas não se tornem excessivamente hiper-realistas, apelando para a sensação simples que pode surgir das cenas de ação. E o filme poderia até ter mais momentos agitados, não atrapalharia e até traria mais dinâmica ao seu andamento. Sera que a lei norte-americana, para réus primários envolvidos com narcóticos e tráfico de drogas, muito rígida?
Desde o primeiro minuto existe uma clara intenção em verbalizar esse argumento, mas ao decorrer da narrativa ela vai se dissolvendo, pois o filme ganha novos contornos. Em O Acordo,Dwayne Johnson é John Matthews, empresário bem sucedido do ramo de transportes. Sua vida muda radicalmente quando o filho mais velho, Jason (Rafi Gavron), fruto do primeiro casamento, é preso sobre a acusação de suposto tráfico de drogas internacional. Sem levantar ambigüidade dos fatos, a trama deixa claro que o rapaz acabou sendo vítima de um esquema tendencioso, arquitetado pela policia a partir da prisão de seu melhor amigo, um traficante local. Assim como no Brasil, nos EUA o tráfico de drogas é considerado crime hediondo, inafiançável. A única maneira de ter a pena diminuída é colaborando com a captura de novos negociantes de drogas. O rapaz se nega a “armar” para algum conhecido e aceita a dura pena a qual é