Trbalho1
4784 palavras
20 páginas
RESUMOPALAVRAS-CHAVE: globalização, crise, euro
"A Globalização económica e a insustentabilidade da zona euro no actual enquadramento institucional da UE"
O pós-guerra, até ao início da década de 70, caracterizou-se por um crescimento económico e níveis de bem-estar sem precedentes. O planeamento e regulação da economia pelo Estado, resultante dos ensinamentos retirados da análise da Grande Depressão dos anos 30 e da gestão da economia de guerra, contribuíram para o equilíbrio e a estabilidade financeira deste período.
Os choques petrolíferos da década de 70 e o fim da convertibilidade do dólar romperam este equilíbrio. A liberalização teve novo impulso com Reagan e Thatcher, através da desregulamentação do sector financeiro, das privatizações, e do esmagamento da capacidade negocial dos sindicatos.
Na década de 90, a queda do Muro de Berlim e a ascensão da China consolidaram a globalização económica.
A crise económica actual, a pior desde a Grande Depressão, revela, no entanto, os desequilíbrios sobre os quais assentou a globalização.
A repartição do rendimento prejudicou o trabalho em benefício do capital. O resultado foi o sobreinvestimento na capacidade produtiva e crises financeiras recorrentes.
Para suprir a reduzida capacidade aquisitiva e manter os níveis de crescimento económico, foi estimulado o recurso ao crédito. Altos níveis de consumo associados a uma forte desindustrialização, sobretudo nos EUA e na Grã-Bretanha, geraram desequilíbrios comerciais e orçamentais. A crise imobiliária do “subprime” foi o clímax das sucessivas bolhas especulativas, com repercussão mundial e origem no centro da economia-mundo, os EUA.
A implosão dos mercados financeiros e, sobretudo do crédito, secou o financiamento à economia.
Neste contexto, as fragilidades da Zona Euro tornam-se evidentes. Num espaço económico desigual, onde Alemanha e a Holanda produzem bens de equipamento e de alto valor acrescentado, enquanto países periféricos como Portugal e