travalho escravo
No decorrer da história do Brasil, pode se observar a produção de riquezas por meio da mão-de-obra escrava, criando uma ideia de que não existia outro meio de adquirir riquezas se não fosse pelo intermédio dos esforços dos escravos. Contudo, a partir do período monárquico, algumas áreas da sociedade, inspiradas nos ideais iluministas, iniciaram uma manifestação contra a prática da escravidão no Brasil, tendo por argumento que seria impossível construir uma nação livre quando podia ser observado que a maioria da população era formada por uma classe excludente.
O movimento abolicionista brasileiro se desenrolou devida a pressão política inglesa, que desde os primeiros anos da independência exigia o fim da prática escravagista. Com o início das transformações, a Revolução Industrial abriu precedente para que o sistema capitalista determinasse novas relações de produção, demanda e consumo. Iniciou-se uma competição e uma busca pelo lucro, e a permanência da escravidão era um obstáculo para expansão dos mercados, até porque os escravos não recebiam remuneração, tampouco possuíam poder de compra.
Visando as necessidades capitalistas, a Inglaterra deu fim à escravidão em 1833, e passou a exercer forte pressão política para o abolicionismo internacional, e por conta disso, em 1831, o Brasil aprovou uma lei que concedia liberdade a qualquer africano que chegasse a terras brasileiras. Contudo essa lei não alcançou os efeitos esperados porque a maioria dos proprietários de terras não tiveram conhecimento da nova lei e o Estado também não buscou meios para que a norma fosse efetivamente cumprida.
Essa lei ficou conhecida como lei “para inglês ver”, que fez com que os ingleses se revoltassem e tomassem uma medida mais incisiva, aprovando em 1845, a Lei Bill Aberdeen, que concedia poderes para que a frota britânica prendesse e punisse qualquer