Traumatismo cranioencefálico
- Traumatismo cerebral leve. Quando não há ocorrência de lesões dobre o cérebro ou não são diagnosticadas por exames laboratoriais. Os sintomas aparecem sob a forma de manifestações somáticas, cognitivas, sensoperceptivas, emocionais ou comportamentais. O paciente apresenta múltiplas queixas de dor e desconforto, além de uma variedade de seqüelas psiquiátricas maiores, que incluem estados psicóticos similares à esquizofrenia, transtornos de humor, síndromes de ansiedade e convulsões. Estes pacientes apresentam síndrome pós-concusional, que pode perdurar por dias, meses, anos ou até a morte.
-Traumatismo cerebral grave. São caracterizados por perda prolongada de consciência e amnésia pós-traumática, decorrente de fraturas ou de afundamentos ósseos, de perda de substancia, com evidencias de lesões constatáveis em exames de neuro imagens, não há questionamentos a respeito de que houve uma lesão cerebral e que os sintomas tanto físicos quanto psíquicos decorrem da mesma.
Fisiopatologia
Mecanismo: As forças de impacto e inercial, quando aplicadas ao crânio, vão gerar deformação e aceleração ou desaceleração. Estas determinarão uma compressão, tensão e cisalhamento do tecido vascular ou neural. A força do impacto determina efeitos locais na superfície. A força inercial determina efeitos difusos, com distribuição centrípeta. Ela é responsável por alguns tipos de contusões, pelo hematoma subdural e pela lesão axonal difusa.
Classificação
Lesão cerebral primaria: ocorre no momento do trauma. É representada pelas contusões, lacerações e pela lesão axonal difusa.
Lesão cerebral secundária: é determinada por processos complicadores, que se iniciam no momento do trauma, mas que só se evidenciam clinicamente algum tempo