tratamento dispensado aos idosos na atualidade.
Atualmente, com muitos países ultrapassando a transição demográfica, discussões sobre a questão dos idosos estão cada vez mais recorrentes. E, infelizmente, opiniões contra a prestação de serviços específicos aos idosos são facilmente encontradas.
Recentemente, o ministro japonês de finanças, Taro Aso, questionou o papel que o Estado deveria exercer no amparo à população idosa, que chega a ser um quarto do total dos habitantes do Japão. O alto custo da aposentadoria e de políticas de assistência médica não é um problema encontrado apenas no Japão, mas também em vários outros países desenvolvidos que já passaram pela transição demográfica. O crescente número de velhos leva a um problema que é bastante evidente em alguns países da Europa: a diminuição da oferta de mão de obra, que está cada vez mais qualificada e, por isso, cara. Além disso, ocorre também a retração do mercado consumidor. Estes problemas se conjugam a um aumento sensível do gasto de governos para um setor especial da população da terceira idade que requer tratamentos médico-hospitalares cada vez mais custosos. Desse modo, a economia desses países é afetada – justificando uma das opiniões do ministro de finanças.
No entanto, a vida de um ser humano vai além da necessidade de manter a balança comercial de um país positivo. É direito de todo ser humano ter as suas necessidades básicas, como educação, previdência social e saúde, atendidas. O pensamento de Aso reflete a percepção que muitas pessoas têm dos idosos: que eles tão um estorvo. O consequente desrespeito ao idoso devido a este tipo de opinião se encontra presente no dia a dia, como na ocupação indevida de assentos preferenciais nos meios de transporte público. Esta irreverência é inaceitável, visto que muitos que adotam este tipo de atitude não consideram que os velhos, quando jovens, já fizeram parte da população economicamente ativa e, assim, contribuíram para o crescimento do país. Por isso, merecem no mínimo um