tratamento de água
2.1 Aspectos Gerais
De acordo com a Resolução ANEEL 235/2006, Art.3, cogeração é definida como um processo operado para fins da produção combinada das utilidades calor e energia mecânica, esta geralmente convertida total ou parcialmente em energia elétrica, a partir da energia disponibilizada por uma fonte primária de combustível para qualquer que seja o ciclo termodinâmico.
Normalmente, são utilizados os ciclos Rankine, que são aqueles que empregam turbinas a vapor, e/ou os ciclos Brayton, que utilizam turbinas a gás para a cogeração
(FIOMARI, 2004).
Pelo fato de serem obtidas potência térmica e potência mecânica utilizando uma mesma fonte de energia, os sistemas de cogeração tornam-se atrativos por apresentarem eficiências maiores do que aquelas encontradas quando ambas as formas de energia são produzidas em processos independentes. Estas eficiências podem ser da ordem de 75 a 90 % (WALTER, 1994).
O processo sequencial de geração de eletricidade e consumo de energia térmica útil admite duas possibilidades de acordo com a ordem de produção das formas de energia. O ciclo topping é o mais frequentemente encontrado na prática, especialmente no setor sucroalcooleiro. Neste ciclo, o vapor é utilizado para produzir primeiramente potência elétrica, sendo que a energia térmica resultante é recuperada e depois utilizada no processo produtivo. Nos chamados ciclos bottoming, a energia térmica residual associada aos processos industriais que precisam de alta temperatura é empregada para a produção de energia elétrica, situação está mais comum em indústrias químicas (SÁNCHEZ PRIETO, 2003).
Na Figura 1 são mostrados os ciclos topping e bottoming mencionados.
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Figura 1 – Ciclos topping (a) e bottoming (b).
FONTE: PASSOLONGO, 2011
Nos casos das plantas que têm por objetivo produzir excedente de energia elétrica para venda, o vapor é fornecido a um turbo gerador de maior eficiência que rebaixará a pressão