TRATAMENTO DE ÁGUA DE PRODUÇÃO DE PETRÓLEO POR ELETROFLOCULAÇÃO EM FLUXO CONTÍNUO E CORRENTE ALTERNADA

TRATAMENTO DE ÁGUA DE PRODUÇÃO DE PETRÓLEO POR
ELETROFLOCULAÇÃO EM FLUXO CONTÍNUO E CORRENTE
ALTERNADA
Ana Carla Ferreira de Souza ([e-mail]), Alexandre Andrade
Cerqueira, Paulo Sérgio Alves de Souza, Fábio Merçon, Mônica Regina da Costa
Marques.
Universidade do Estado do Rio de Janeiro

INTRODUÇÃO

Muito se discute sobre a problemática da água oleosa gerada na exploração do petróleo, denominada “água de produção de petróleo”, pois pode causar grande impacto no meio ambiente se não for descartada corretamente e previamente tratada. Tendo isso em vista, é necessário o desenvolvimento de tecnologias para tratamento destes resíduos, de forma que estes sejam enquadrados segundo as normas ambientais, que são cada vez mais restritivas (DROGUI et al, 2008).
Em média, para cada 1 m³/dia de petróleo produzido são gerados cerca de 3 a 4 m³/dia de água. Essa água oleosa geralmente é descartada no mar ou reinjetada no próprio poço, entretanto é necessário um pré-tratamento. Esse efluente é, basicamente, uma emulsão formada de óleo/água e sais, onde o óleo está disperso finamente dividido no seio da água e estabilizado por meio de surfactantes naturais do próprio petróleo
(THOMAS, 2004).
A eletrofloculação é uma alternativa promissora para o atendimento à legislação ambiental. Esta alternativa possibilita ampliar a capacidade e eficiência de tratamento dos sistemas físico-químicos tradicionais, pois utiliza os mesmos fundamentos básicos de coagulação/floculação (SILVA e MAINIER, 2011). Através da eletrofloculação, usando eletrodos de ferro ou de alumínio, ocorre a formação de agentes coagulantes que torna possível neutralizar as micelas de óleo, desestabilizando a emulsão, formando flocos que vão sendo aglutinados tornando-se cada vez maiores e em suspensão. Nos eletrodos, ocorrem à formação dos gases oxigênio (no anodo) e hidrogênio (no catodo), que promovem o carreamento dos flocos, partículas e impurezas até a superfície