TRANSPORTES DE CARGAS ESPECIAIS
Um segmento do Transporte Rodoviário de Cargas cujos desafios diários vão muito além do buraco no asfalto, da falta de pista dupla e das pesadas tarifas do pedágio, é o das cargas especiais e superpesadas.
Sobra burocracia e falta agilidade nos procedimentos impostos pelos órgãos estatais e concessionárias de rodovias. Muita coisa poderia ser feita pela internet, mas os DERs não estão aparelhados. Cada Estado estabelece suas próprias regras e dá nomes diferentes a coisas que têm o mesmo significado. TAP para os paulistas, TUV para o DNIT e TUR para os gaúchos são siglas da taxa de utilização de uma estrada. A emissão de uma Autorização Especial de Trânsito (AET) pode demorar de cinco a 25 dias, dependendo do lugar.
E se a carga exige escolta? Em cada esfera da administração é uma taxa, muito diferente da outra. A Polícia Rodoviária Federal vai cobrar R$ 916 para acompanhar um carregamento por 400 km, em estrada federal, a 20 km/h. Esse custo pode saltar para R$ 4.061 se o veículo for passar numa rodovia estadual gaúcha. Ou despencar para R$ 164 nas estradas paulistas.E nenhum policial irá entrar na jurisdição do outro. Então, toda a vez que a carga tiver de passar por vários Estados, por rodovias estaduais e federais, o transportador tem que combinar tudo com todo o mundo com grande antecedência. É complicadíssimo.
ATÉ UM ANO
“Tudo tem de ser acertado antes da viagem, mas só depois da obtenção da Autorização Especial de Trânsito”, informa o vice-presidente executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Transporte e Movimentação de Cargas Pesadas e Excepcionais (Sindipesa), João Batista Dominici.
Segundo ele, certos carregamentos são planejados com um ano de antecedência. Em cada Estado, é preciso uma AET. Em estrada federal, tem que pedir pro DNIT. E se a carga passar dentro de São Paulo é necessária a licença municipal do DSV/CET.
As concessionárias do trajeto também precisam ser consultadas. “Hoje,