Transporte Da Carga Geral
O mercado da carga geral representa cerca de 60% de tudo que é transportado; por esta razão merece uma atenção especial. Com esta visão, o objetivo do capítulo estudado foi examinar como os armadores liners operam. O autor começa com a evolução da carga conteinerizada para posteriormente analisar o mercado e fretes. Finaliza com um exame das principais rotas liner.
O serviço liner teve seu desenvolvimento com a operação dos navios a vapor onde possibilitou escalas regulares. A construção dos navios a vapor foi estimulada, por sua vez, pela abertura do canal de Suez seguido pelo “boom” de 1872-3.
Os serviços liner encontraram dificuldades na manutenção das rotas em vista da necessidade de terem cargas de retorno, que nem sempre eram compatíveis em características com a outra “pernada” do trade. Surge, então, a necessidade de navios capazes de transportar qualquer tipo de carga, isto é: carga geral, granel, carga frigorífica, rolantes, etc. - os chamados multipropósito. No mesmo período, o transporte tramp também utilizava este tipo de embarcação, havendo uma integração entre os serviços, - o serviço liner utilizava o tramp para atender a determinado trecho, suplementando sua frota. Com várias transformações que ocorreram na indústria do shipping: custos portuários mais caros, longas estadias no porto, baixa produtividade, navios caros em virtude da complexibilidade exigida no liner, navios tecnologicamente obsoletos, por volta de 1960, houve uma grande transformação e os serviços liner e tramp começaram a se reestruturar e foram substituídos por três segmentos: granel, especializado e contêineres.
Para o segmento do liner, a solução foi unitizar a carga geral usando contêineres, paletes ou outro qualquer sistema de padrão que permitissem a mecanização e a automatização da movimentação da carga geral. O novo sistema tinha três componentes. O primeiro, a carga transportada era embalada em unidades padrões para permitir a movimentação