Transistor
Conforme a polarização, um transistor pode operar em três regiões distintas, a de corte, a ativa, e a de saturação. Na região ativa, o transistor é utilizado, com a devida polarização, como amplificador. Nas regiões de corte e saturação, é utilizado como chave, ou seja, serve apenas para comutação, conduzindo ou não. Nesta situação, o transistor é utilizado, principalmente, no campo da eletrônica digital, sendo célula básica de uma série de dispositivos, normalmente agrupados dentro de circuitos integrados.
O transistor, em muitos aspectos, se comporta como dois diodos justapostos, e uma conseqüência disso é que existe dentro deles a mesma barreira de tensão dos diodos. Ou seja: a diferença de tensão entre o emissor e o coletor deve ser maior que 0,6V ou o transístor não conduzira mesmo com uma grande tensão na base. E ainda, a tensão na base tem que ter uma diferença de pelo menos 0,6V em relação ao emissor (+0,6V nos NPN e -0,6V nos PNP) para que se inicie a condução.
Uma vez que a corrente comece a fluir pela base, uma corrente várias vezes maior conseguirá fluir entre o emissor e o coletor. Quantas vezes maior? Este número é dado pelo fabricante e tem o nome de hFE. É um número bastante instável e varia individualmente entre peças de um mesmo tipo. Felizmente, para usar o transístor como chave liga e desliga, este valor não é crítico. Basta garantir que, quando o sinal é aplicado à base, uma corrente próxima ao máximo admissível flua por este terminal.
O valor desta corrente é determinado por um resistor. Este resistor não pode ter uma resistência muito pequena para não ultrapassar o valor limite de corrente na base, dado pelo fabricante. Lembre que a base é ligada ao emissor como que através de um diodo, podendo haver um verdadeiro curtocircuito em caso de uma ligação direta à alimentação (NPN) ou ao terra (PNP). Este resistor também não pode ser muito grande, pois é fundamental ao funcionamento do transistor como chave que