Transformando Código Fonte em Legado para Processos de Negócio
Introdução ao Problema
Já há mais de uma década, a tecnologia de BPM vem sendo introduzida nas organizações devido suas vantagens tais como documentação explícita dos processos de negócio, gerenciamento, monitoração e melhoria contínua dos mesmos (WESKE, 2007).
Na abordagem BPM, os processos de negócio da organização são desenhados (modelados) em uma ferramenta de edição e executados sob o controle de um sistema gerenciador de processos de negócio (em inglês, BPMS – Business Process Management System) (REIS, 2007). Este tipo de sistema permite acompanhar a execução do processo e medir a eficiência operacional da organização através, por exemplo, da identificação das atividades que mais demoram a executar ou consomem mais recursos humanos e/ou financeiros. Desta forma, a organização pode redesenhar os processos de maneira ágil e rápida, garantido assim a evolução contínua de seu negócio.
Para se beneficiar de todas as vantagens da tecnologia BPM, a organização precisa definir e desenhar seus processos de negócio em um sistema gerenciador de processos. Normalmente, a definição dos processos de negócio é realizada por especialistas humanos (ex.: analistas do negócio ou de sistemas), que observam e identificam o funcionamento da organização, definindo, em detalhes, os fluxos de trabalho realizados para cumprir as metas de negócio.
Contudo, na maior parte das organizações os processos de negócio já foram implementados, no passado, em sistemas de informações desenvolvidos antes da introdução da tecnologia BPM na organização. Ou seja, os processos de negócio são executados por sistemas de informações legados. Tais sistemas possuem pouca documentação, foram desenvolvidos com uso de tecnologias hoje obsoletas e os processos de negócio, neles contidos, foram programados implicitamente no código fonte.
Desta forma, além das entrevistas com usuários-chave da organização, os analistas precisam também entender, em detalhes, o código fonte dos