trablegoff

Nome: Shabella Trindade

Resenha do capítulo “Documento e Monumento”

O autor Jacques Le Goff, historiador especialista em Idade Média, é muito conhecido por seus diversos livros e trabalhos. Ele realizou vários estudos a respeito da antropologia histórica do Ocidente Medieval, renovando a pesquisa histórica sobre mentalidade e antropologia na Idade Média, principalmente nos anos 80. Jacques Le Goff aborda no capítulo encontrado em seu livro “História e Memória”, sobre documento e monumento, refletindo sobre suas importâncias no estudo da História e suas várias interpretações feitas com o passar dos anos. No início, o monumento era visto como material de valor contestável, em sua maioria não escritos, já o documento seria nada mais nada menos que o texto, essencialmente escrito, tendo assim maior credibilidade e principalmente neutralidade. É citado então alguns historiadores positivistas os quais acreditam que o documento seria em si a própria prova histórica, já que seria mais confiável e neutro do que o monumento, sendo assim um imparcial (documento) e o outro parcial (monumento).
Porém, Le Goff passa a desconstruir esta idéia dizendo que o documento nada mais é que algo escolhido pelo historiador para que vire um fato histórico, sendo dessa forma parcial e principalmente produto da sociedade que o fabricou, pois foi selecionado e utilizado de forma consciente ou inconsciente pelo historiador, levando em conta também as relações de poder naquela determinada sociedade e na posterioridade. A partir daí, ele chega a conclusão de que todo documento é mentira, devido à essa seleção, e que para se estudar a história seria necessário analisar e valorizar o material histórico da forma mais completa possível, cabendo ao historiador não ser ingênuo, levando em consideração todos os registros escritos, construções históricas, fatores químicos e geográficos, entre outras coisas.

A conclusão que me fez chegar com a leitura desse