Pré-visualização em certas circunstâncias, traz o risco de preconceitos - eis o lado sombrio de alguns mitos - , devido à tendên- cia em separar de modo simplista as pessoas, grupos ou nacionalidades, como antepostas. Por exemplo, o nazismo de Hitler difundiu-se a partir da ideia da raça ariana como raça pura e desencadeou movimen- tos de perseguição que culminaram no genocídio de judeus, ciganos e homossexuais. Recentemente, diante dos ataques de grupos terroristas da Al Qaeda aos Estados Unidos, ainda há quem generalize a ava- liação atribuindo o mal a todo povo árabe. u PARA REFLETIR Os arianos são um subgrupo indo-europeu que veio das estepes da Ásia e se expand iu pela Europa . Segundo a concepção racist a do nazismo, de les descendiam os alemães, que constituíam uma "raça pura". Você já notou como as doutrinas racis- tas consideram inferiores pessoas ou grupos que são apenas diferentes? O nosso comportamento também é permeado de rituais, mesmo que secularizados, isto é, não religio- sos: as comemorações de nascimentos, casamentos e aniversários, a entrada do ano-novo, as festas de formatura e de debutantes, os trotes de calouros nos fazem lembrar ritos de passagem. Examinando as manifestações coletivas no cotidiano da vida urbana do brasileiro, descobrimos componentes míticos no carnaval e no futebol , ambos como manifestações do imaginário nacional e da expansão de forças inconscientes. iJ Para finalizar ... O mito não se reduz a simples lendas, mas faz parte da vida humana desde seus primórdios e ainda persiste no nosso cotidiano como uma das experiências possíveis do existir humano, expres- sas por meio das crenças, dos temores e desejos que nos mobilizam. No entanto, hoje os mitos não emergem com a mesma força com que se impuse- ram nas sociedades tribais, porque o exercício da crítica racional nos permite legitimá-los ou rejeitá-