Trabalhor
DE REVISÃO
Aptidão física, saúde e qualidade de vida relacionada à saúde em adultos
Denise Sardinha Mendes Soares de Araújo1 e Claudio Gil Soares de Araújo2
Palavras-chave: Atividade física. Exercício físico. Autopercepção.
INTRODUÇÃO
O tempo de vida do ser humano tem aumentado significativamente1 e ter uma vida longeva, hoje em dia, já não é uma grande vitória, quando a média atual de expectativa de vida nos países desenvolvidos está em torno de oitenta anos e quando as pesquisas biomédicas encontram dados que as permitem inferir sobre o potencial genético do homem para viver até mais de cem anos1,2. Para se viver muito, níveis dignos de sobrevivência e de direitos humanos devem ser respeitados e o cidadão deve ter acesso aos avanços científicos e tecnológicos das diferentes áreas relacionadas à saúde. Inovações em técnicas, procedimentos, medicamentos, vacinas e novos conhecimentos sobre alimentação e sobre os efeitos agudos e crônicos do exercício físico colaboraram para esse fenômeno.
Existe um número cada vez maior de estudos e documentos que comprovam e relatam os benefícios da aptidão física para a saúde3-6. Pesquisadores nas áreas de exercício físico, Educação Física e de Medicina do Exercício e do
Esporte, pelos métodos de pesquisa epidemiológica, já demonstraram que tanto a inatividade física como a baixa aptidão física são prejudiciais à saúde5,6. Recentemente,
Petrella e Wight7 verificaram que muito embora o aconselhamento sobre exercício físico seja freqüentemente realizado pelos médicos de família, eles relatavam que o pouco tempo disponível e a falta de conhecimento específico limitavam de certo modo essa prática. Em outro estudo também recente8, observou-se que entre mulheres médicas americanas havia uma tendência a aquelas que estavam melhorando os seus hábitos de exercício físico serem as que mais freqüentemente aconselhavam os seus pacientes
1. Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação Física da