TrabalhodeTopicosSegundaParte

1-Capacidade de carga dos solos

1.1-Considerações iniciais.
O problema da determinação da capacidade de carga dos solos é dos mais importantes para o engenheiro. No que se segue, referir-nos-emos às fundações superficiais em que a profundidade da fundação e menor ou igual à sua largura.
Quando uma carga proveniente de uma fundação é aplicada ao solo, este deforma-se e a fundação recalca, como sabemos. Quanto maior a carga, maior os recalques, para pequenas cargas os recalques são aproximadamente proporcionais.
Das duas curvas pressão-recalque mostrados, observa-se que uma delas apresenta uma bem definida pressão de ruptura Pr, que, atingida, os recalques tornam-se incessantes. Este caso, designado por ruptura generalizada, corresponde aos solos pouco compressíveis (compactos ou rijos). A outra curva mostra que os recalques continuam crescendo com o aumento das pressões, porem não evidencia, como anteriormente, uma pressão de ruptura; esta será então arbitrada (Pr`) em função de um recalque Maximo (r´) especificado. Nesse caso, denominado ruptura localizada, enquadram-se os solos muito compressíveis (fofos ou moles).
Atingida a ruptura, o terreno desloca-se, arrastando consigo a fundação,
O solo passa, passa, então, do estado “elástico” para o estado “plástico”. O deslizamento ao longo da superfície ABC é devido á ocorrência de tensões de cisalhamento maiores que a resistência ao cisalhamento do solo.
Recentemente te sido mencionado um outro tipo de ruptura, que ocorre por puncionamento, ainda em fase de investigação (Vesic).
Não são muito comuns os acidentes de fundação devidos a ruptura do terreno.
Em conseqüência de uma dessimetria de carregamento, houve a ruptura do solo e o colapso da obra, que em 24 horas tombou para a posição mostrada. Provavelmente a elevação lateral do nível do solo ajudou a mantê-lo, impedindo que tombasse completamente. Entre nós um exemplo de acidente devido a ruptura de fundação foi o caso do edifício São Luiz Rei, no Rio