Trabalho e transformação social
TRABALHO, TRANSFORMAÇÃO SOCIAL E EDUCAÇÃO
Rita de Cássia Pizoli
Faculdade Estadual de Educação, Ciências e Letras de Paranavaí ritapizoli@seed.pr.gov.br RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo principal a análise das transformações sociais em curso, suas relações com as novas tecnologias, e implicações no campo da educação. De forma gradativa, tendo como marcos históricos as três Revoluções tecnológicas, a industrialização, a automação rígida e a automação flexível, são explicadas as transformações ocorridas na base material e ideológica da sociedade capitalista, a fim de compreender a função da educação profissional no contexto atual. O estudo das mudanças estruturais ocorridas no âmbito do trabalho é feito concomitantemente à análise das mudanças ocorridas no campo da subjetividade, à luz da teoria crítica. A industrialização, instalada na sociedade ocidental capitalista, e seu aperfeiçoamento durante o fordismo, proporcionou a base material para divisão entre saber intelectual e saber manual. A indústria cultural, e a educação dualista e tecnicista, cooperaram para a semiformação e adaptação do indivíduo ao sistema econômico e social. Tendo a subjetividade gradativamente formatada, ao indivíduo do século XXI, a reestruturação produtiva flexível cobra habilidades advindas de uma qualificação baseada na integralidade. Diante desse equívoco, é preciso compreender que a educação profissional para a qualificação só é possível com a superação da cisão entre trabalho intelectual e trabalho manual no sistema produtivo. Na prática educativa, com relação à organização estrutural, a escola unitária se concretizaria, se fosse oferecida em tempo integral, visando a formação do ser humano total, capaz de se realizar no processo completo de trabalho, nas dimensões da comunicação, produção e fruição. Com relação aos aspectos teórico-metodológicos a organização do trabalho docente, deve resgatar a