trabalho sonegação fiscal
Mega-operação Cevada, da Polícia Federal e da Receita, prendeu 70 pessoas, incluindo o dono das cervejas Itaipava e Cristal A Polícia Federal e a Receita Federal realizaram esta semana a maior operação de combate à sonegação que já aconteceu no País. O alvo foi a fabricante de bebidas Schincariol, a segunda maior cervejaria brasileira, e diversas distribuidoras e empresas coligadas. Batizada como Operação Cevada, a investida da PF e da Receita prendeu sete diretores da empresa, entre eles o diretor-superintendente Adriano Schincariol, filho do fundador José Nelson Schincariol, morto num assalto em 2003. Também foram presos o irmão de Adriano, Alexandre, diretor de recursos humanos, o tio Gilberto, vice-presidente, e os primos Gilberto Júnior e José Augusto, ambos diretores.
Todos receberam ordem de prisão no início da manhã e foram levados algemados da cidade de Itu, onde fica a matriz da empresa, até a sede da Superintendência Regional da Polícia Federal na capital. A Receita Federal estima que a Schincariol tenha sonegado o equivalente a R$ 1 bilhão nos últimos cinco anos. 'A operação serviu para desbaratar uma quadrilha que tinha atividade clandestina e criminosa', disse o superintendente regional da PF em São Paulo, José Ivan Guimarães Lobato. A Operação Cevada foi o resultado de 14 meses de investigações. Envolveu 600 policiais e 180 fiscais em 12 Estados. A Justiça Federal de Itaboraí, no Rio de Janeiro, expediu 77 mandados de prisão, dos quais 70 haviam sido cumpridos, segundo o superintendente da PF em São Paulo. Também foram realizadas 130 operações de busca e apreensão. Além de funcionários da empresa e distribuidoras, foram presos seis fiscais das Secretarias da Fazenda dos Estados de Goiás, Rio de Janeiro e Pará e dois policiais militares de Minas Gerais, que participaram do esquema. A Cervejaria Petrópolis, dona das marcas Itaipava e Cristal, também foi alvo da operação. A