Trabalho Portugues
O segredo de toda arte de exprimir consiste, para Jean Guitton em dizer a mesma coisa três vezes. Ninguém, como os franceses, soube estabelecer as regras para ordenar os pensamentos. Descartes ensina: “(...) conduzir por ordem os meus pensamentos, começando pelo mais simples e mais faceis de conhecer, para subir, pouco a pouco, como degraus (...)” André Maurois indaga se existem métodos que permitam ao homem conduzir seus pensamentos de tal maneira que seus atos, em sua continuiade, encontrem caminho fácil entre o seres e as coisas. Essa reflexão sobre a arte de exprimir em ordem o ensamentos nasceu na França. É uma questão de método. Todo aquele que tem algo para dizer deve saber esquematizá-lo. Plano para tudo, pois “tudo depende do plano”, segundo Goethe. A proposito, eis a primeira recomendação: o plano traz clareza à exposição. A utilidade do plano é inconteste, sobretudo para certo tipo de comunicação, como prova, a preleção, a aula, o discurso, a coferencia, o relatório, o artigo. Se há um tema para tratar, como arrumar as idéias? Percebe-se a vantagem do plano, ao esquematizar uma tese. A arte de exprimir consiste em estabelecer as indicações para elaboração do plano. Elaborar o plano é ter a exposição mentalmente pronta, sem a haver sequer, materialmente, iniciado. Feito o plano, está pronta a estrutura: falta o recheio. Elaborar o plano é simplesmente prever o que será comunicado. Acrescente-se que construir o plano é encontrar as combinações e ligações naturais do tema. É preciso buscar as partes do conjunto, como Mozari procurava as notas que se amavam: “Eu procuro as notas que se amam”. Laboriosa e pequena agonia é fazer e refazer o esquema: risca-se; anota-se; rasga-se folhas de papel até alcançar “o ponto da possibilidade”, de que fala Retz. Em três partes será exposto como se ordena as ideias ou se organiza um texto. E, também, a aplicação do plano em exemplos, como fez Leon Fletcher.
1. Introdução – o anuncio do tema.
2.