Trabalho interno
Na produção primitiva a forma de propriedade é a tribal. Esta corresponde à fase não desenvolvida da produção em que um povo se alimenta da caça e da pesca, da criação de gado ou, quando muito, da agricultura. Pressupõe, neste último caso, uma grande massa de terrenos não cultivados. A divisão do trabalho está nesta fase ainda muito pouco desenvolvida e limita-se a um prolongamento da divisão natural do trabalho existente na família. A estrutura social limita-se, por isso, a uma extensão da família: os chefes patriarcais da tribo, abaixo deles os membros da tribo, e por fim os escravos. A escravatura latente na família só se desenvolve gradualmente com o aumento da população e das necessidades e com o alargamento do intercâmbio externo, tanto de guerra como de comércio de troca. (não sei se seria interessante falar isso). Nesse primeiro momento, quando se fala em religião, a religião será considerada primitiva, no sentido ideológico, no sentido de que elas se prendem ao real e o representam através de um “vasto simbolismo”. O totemismo é uma destas representações imaginárias, presente nas sociedades sem classes. Dentro desta religião primitiva, existe a escolha de um totem (na maioria das vezes animal ou vegetal) que simboliza o clã. A adoração do totem e de tudo que esteja relacionado ao mesmo cria uma série de regras que direcionam a vida do grupo. O totemismo semeia entre os homens e mulheres o conformismo moral a partir da lógica social que é passada como algo já dado, construído fora do tempo histórico. Isto é possível pelo fato da realidade social ser tão sagrada quanto à divindade adorada pelo clã. Podemos classificar a religião como uma forma de ideologia, pois ela impõe regras e proibições, apresentando-se como representação da consciência coletiva, como poder constituído. Terminaria com algo sobre o pensamento do Marx. Pode-se dizer que o pensamento de Marx permite entender a