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1. Conceito de Gênero Textual
Ao longo da história o homem sempre sentiu a necessidade de se comunicar com os seus semelhantes. Esta inter-relação entre os povos e suas culturas faz-se necessária partindo do pressuposto de que o homem é um ser social, por isso, foram surgindo, desde a invenção da escrita alfabética, por volta do século VII a. C., diversas práticas comunicativas, que foram denominadas, ao longo do tempo pelos estudiosos do ramo, de gêneros textuais.
Os gêneros textuais variam desde um simples diálogo até uma tese científica, e por serem frutos oriundos de uma sociedade, são fartos de elementos que caracterizam o contexto em que são empregados. Segundo Marcuschi (2002) “os gêneros textuais são fenômenos históricos, profundamente vinculados à vida cultural e social. Fruto de trabalho coletivo, os gêneros contribuem para ordenar e estabilizar as atividades comunicativas do cotidiano. São entidades sócio-discursivas e formas de ação social incontornáveis em qualquer situação comunicativa. Os gêneros não são instrumentos que engessam a ação criativa. Caracterizam-se como eventos textuais altamente maleáveis, dinâmicos e plásticos”.
Existem muitos gêneros textuais e, o tempo todo, escolhemos diversos deles para variadas práticas sociais, seguindo sempre a necessidade temática, a relação entre os interlocutores e a vontade enunciativa. Enquadram-se nesse conjunto de práticas comunicativas: diálogo face-a-face, bilhete, carta (pessoal, comercial etc), receita culinária, horóscopo, artigo, romance, conto, novela, cardápio de restaurante, lista de compras, aula virtual, piada, resenha, inquérito policial, ofício, requerimento, ata, relatório etc. Hoje, com a “cultura eletrônica”, surgem novos gêneros textuais e novas formas de comunicação (oral ou escrita) como o bate-papo on-line (MSN), blog,