TRABALHO HISTORIA MODERNA MODESTO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FACULDADE DE FILOSOFIA LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS (FFLCH)
Raphael Teixeira Motta Crispim Nº USP: 6838986
Análise do texto:
ANDERSON, Perry. “O ESTADO ABSOLUTISTA NO OCIDENTE” In.: Linhagens do Estado Absolutista. Porto: Afrontamento, 1984.

Perry Anderson, autor de forte orientação Marxista desenvolve em seu texto uma singular análise da natureza e do desenvolvimento do Estado absolutista. O historiador inglês não só foge às limitações encontradas na historiografia oficial no que diz respeito à demarcação cronológica e geográfica, como também foge às tendências mais comuns encontradas na literatura marxista sobre o assunto que, por vezes, se perde em generalizações excessivas, ora tornam-se demasiadamente específicas. Examinando ao mesmo tempo estruturas globais encontradas na constituição dos Estados Absolutistas de maneira geral e também as variantes muito particulares e específicas encontradas em cada monarquia da Europa pós-medieval. O texto consiste em uma obra que possibilita uma excelente compreensão daquele que representa o primeiro sistema de Estado tido como internacional no mundo moderno.

Para se compreender esta forma de gestão do Estado Absolutista, é necessários entender a natureza social do absolutismo. Essa compreensão nos permite também a compreensão da passagem do sistema feudal ao capitalismo em toda a Europa e daqueles sistemas políticos que a diferenciaram.

O autor trabalha trabalha com a proposta de estabelecer um comparativo entre o Estado absolutista da Europa Ocidental e da Oriental. Anderson demonstra que durante os séculos XIV e XV um período de crise no modo de produção feudal teve por consequência a ruptura com a soberania piramidal que viria a facilitar o surgimento do Estado absolutista no Ocidente. As monarquias absolutas introduziram os exércitos regulares, uma burocracia permanente, o sistema tributário nacional, a codificação do direito e os primórdios de um mercado unificado. Nesse