trabalho filosofia 04 09
O período antropológico ou socrático foi marcado por algumas fortes características, como a igualdade de todos os homens adultos perante as leis e o direito de todos de participar diretamente do governo da cidade, da polis. Como também, a democracia garantida a todos e participação no governo, os que dele participavam tinham o direito de exprimir, discutir e defender em público suas opiniões sobre as decisões que a cidade deveria tomar. Surgia, assim, o cidadão. Além disso, as famílias aristocratas criaram um padrão de educação que afirmava que o homem ideal ou perfeito era o guerreiro belo e bom: seu corpo era formado pela ginástica, pela dança e pelos jogos de guerra. Mas o dial da educação da Grécia clássica já não é mais a formação do jovem guerreiro belo e bom, e sim a formação do bom cidadão, do bom orador, isto é, aquela que saiba falar em público e persuadir os outros na política.
Os sofistas surgiram no momento da passagem da tirania e da oligarquia para a democracia. Eram os mestres de retórica e oratória, muitas vezes mestres itinerantes, que percorriam as cidades-Estado fornecendo ensinamentos, sua técnica, suas habilidades aos governantes e aos políticos em geral. Embora sem formar uma escola ou grupo homogêneo, o que caracteriza é muito mais uma prática ou uma atitude comum do que uma doutrina única. Assim, consistia basicamente numa determinada forma de preparação do cidadão para a participação na vida política. Dessa forma, sua função nesse contexto foi importantíssima e sua influência muito grande. Portanto, os sofistas foram filósofos e educadores, além de mestres de retórica e de oratória, embora este papel lhes sejam negado, por exemplo por Platão.
Entretanto o que marca o nascimento da filosofia clássica é o pensamento de Sócrates, desenvolvida por Platão e Aristóteles, de certo modo seus herdeiros mais importantes. Sócrates efetivamente nada escreveu, valorizava sobretudo o debate e ensinamento oral. Assim, a principal