Trabalho estética
Ambiência: Cada local possui uma ambiência própria que o caracteriza e cuja construção é cotidiana. A base dessa ambiência é a articulação entre muitos fatores visíveis e invisíveis que impregnam aquele lugar e definem sua identidade, influenciando o comportamento das pessoas que vivem no local ou o percorrem. Ela é composta por aspectos físicos, culturais, sociais, de uso e de temporalidade, entre outros, muitos dos quais operam de modo inconsciente. (Thibaud, 2004).
Tópicos:
A conotação do arranjo é a ambiência:
-Fatores visíveis
-Identidade
-Simbolismo
Ambiência Interiorizada e Exteriorizada:
Para Baudrillard, o objeto moderno liberta-se de sua função.
Vejamos essa ideia na configuração do mobiliário. O interior burguês, por exemplo, com a sala de jantar, os quartos e os móveis, com suas funções e integrados, caracterizava a ordem patriarcal. Esses ambientes eram uni funcionais, não tinham mobilidade, eram de presença imponente e revelaram hierarquias. “Neste ambiente privado, cada móvel, cada cômodo por sua vez interiorizava sua função e revestia-lhe a dignidade simbólica”
Se a velha sala de jantar era sobrecarregada de convenções morais, os interiores modernos, na sua engenhosidade, produziam frequentemente o efeito de ambientes funcionais. O estilo dos objetos mobiliários muda, tal como mudam as relações do indivíduo na família e na sociedade. Agora, “o leito se dissimula em sofá-cama, o buffet e os armários, em armários embutidos e escamoteáveis. As coisas dobram-se, desdobram-se, são afastadas, entram em cena no momento exigido”.
Assim, uma cama não é só uma cama. O objeto é libertado da sua função e o ser humano – antes usuário desse produto – é libertado somente como usuário desse objeto.
Segundo Baudrillard (2004), os interiores modernos aparecem como ambientes funcionais, nos quais a ausência de estilo dá-se pela ausência de espaço; enquanto a funcionalidade, que se exige máxima, vem como solução para