trabalho educação fisca
E depois de -se numa cadeira, refastelada, e dizia:
Estende-te, perna,
Descansa corpinho,
Que lá anda no mar
Quem te há-se dar
Pão e vinho.
Quando o pescador vier,
Coma azeitonas se houver.
De facto, quando o marido chegava a casa, ela só lhe dava pão e azeitonas, que ela não comia dizendo que já tinha comido. Isto acontecia todos os dias e o pobre pescador lamentava-se da sua sorte. Andava ele desconfiado que a mulher,quando um dia, indo para o mar, encontrou uma velhinha que lhe disse:
-Não te apoquentes mais que amanhã já comes melhor. Tomam lá estas quatro bonecas e põe uma em cada canto da cozinha, mas que a tua mulher não veja.
Ele assim fez e abalou para o mar.
Preparava-se a mulher para comer os petiscos, quando ouviu:
(1ª boneca) – O que vai aquela mulher fazer?
(2ª boneca) – Ora… vai comer!…
(3ª boneca) – Mas o marido não está em casa!
– Bem se importam ela com o marido!
É uma gulosa!
A mulher, assustada, olhou, mas não viu ninguém. Mais sossegado dispunha-se a comer quando ouviu novamente as mesmas vozes:
1ª (boneca) – O que vai aquela mulher fazer?
(2ª boneca) – Ora… vai comer!…
(3ª boneca) – Mas o marido não está em casa!
(4ª boneca) – Bem se importam Ela com o marido!
É uma gulosa!
Então cheia de medo saiu porta fora. Demorou-se por lá muito tempo, mas tendo fome voltou para casa. Ia mais uma vez tentar comer, logo ouviu as mesmas vozes. Assustada, resolveu esperar pelo marido para comerem juntos.
Ficou o pescador admirado com a mudança.
No dia seguinte, antes de sair para o mar, disse-lhe a mulher:
- Olha, vem cedo que eu tenho cá um bom jantarzinho. E assim foi, e nunca mais ela comeu sem o marido.
Tempos depois foi o pescador à procura da velhinha, que era uma fada, entregou-lhe as bonecas e