Trabalho Direito Civil O Mercador De Veneza

No drama “O mercador de Veneza”, escrito pelo dramaturgo inglês William Shakespeare, conta a historia de um negocio jurídico celebrado entre Shylock, um judeu habituado a praticar usura, que na época era repudiado pelos cristãos, e Antônio, um mercador veneziano amigo de Bassânio, um nobre que havia perdido toda sua herança e precisava de 3 mil ducado para uma viagem até Belmonte para casar-se com a princesa Pórcia.
Antônio se propõe a ajudar Bassânio, mas como Antônio era mercador, toda sua fortuna estava investida em frotas mercantis em terras estrangeiras, motivo pelo qual o fez pedir um empréstimo a um judeu chamado Shylock, ele concorda em emprestar o dinheiro, desde que Antônio empenhe uma libra de sua própria carne como garantia. Antônio não se intimida e pactua a obrigação de restituir o dinheiro emprestado em até três meses, ciente de que o não pagamento geraria uma responsabilidade que lhe custaria uma libra de sua própria carne. Após chegar a Belmonte Bassânio descobre que para casar-se com Pórcia, ele terá passar em um teste envolvendo três baús, teste que foi deixado pelo pai de Pórcia como contrato pré-nupcial, além de receber que as naus de seu amigo Antônio haviam naufragado.
Chegado o dia do pagamento, Antônio não tinha o dinheiro para restituir o empréstimo sendo assim levado a julgamento.

Podemos perceber que Antônio tinha uma obrigação de dar coisa certa a Shylock, caracterizado por uma obrigação de restituir, já que se trata de um empréstimo em dinheiro. Apesar de o contrato parecer lícito já que, podemos ver isso no trecho em que Shylock diz: “Acompanhai-me ao notário e assinai-me o documento da dívida, no qual, por brincadeira, declaro que será que se no dia tal, em lugar também sabido a quantia ou quantias não pagardes, concordais em ceder, por equidade, uma libra de vossa bela carne, que do corpo vos há de ser cortada onde bem me aprouver”.
Contudo, observamos que o judeu induz Antônio ao erro, quando diz que o contrato se trata apenas