Trabalho De Semi Tica E Semiologia II
LUCAS VEIGA ROHDE TARAS
ANÁLISE SEMIÓTICA
O BAILE
CURITIBA/PR
2015
LUCAS VEIGA ROHDE TARAS
ANÁLISE SEMIÓTICA
O BAILE
Trabalho apresentado à disciplina de Semiótica e Semiologia II do curso de Cinema e Vídeo da Faculdade de Artes do Paraná.
Prof. Marcos Camargo
CURITIBA/PR
2015
Análise Semiótica:
Isento de diálogos o filme, “O Baile” (Ettore Scola, 1983), desenvolve sua narrativa única e exclusivamente a partir de recursos imagéticos e sonoros. O filme nos apresenta um panorama histórico-cultural da França do século XX, através de caricatos personagens reunidos em um salão de dança que sofrem com todos os cruciais momentos históricos que ocorreram na França entre a década de 30 e a década de 80.
Na cena inicial do filme nos são introduzidos todos os personagens, incluindo o próprio salão de dança, que pode ser tido como uma espécie de protagonista da trama, já que funciona como um catalisador dos acontecimentos e mudanças que ocorrerão no decorrer do filme. Na introdução dos personagens já é perceptível a utilização de símbolos imagéticos que nos remetam a determinados arquétipos destes mesmos personagens, funcionando como um recurso narrativo que substitua a ausência de diálogos no filme. Estes símbolos presentes nos personagens são vistos em seus vestuários e em seus maneirismos construindo certos estereótipos como a mulher independente, o homem tímido e desengonçado e até mesmo uma espécie de “vilão”.
Outro fator importante para a compreensão da abordagem simbólica audiovisual do filme é a transitoriedade entre diferentes períodos da história francesa dentro do salão, transições que se dão através de elipses temporais, muitas vezes repentinas e sem nenhum aviso prévio de que haverá um salto temporal. Neste quesito, o uso de símbolos imagéticos e sonoros é de fundamental importância para situar o público nas épocas que são apresentadas, já que o filme também se abstém, quase