Trabalho De Administra O
RESUMO: Este artigo discute o “estado do campo” da área de administração do desenvolvimento, analisando as lacunas e as possibilidades de produção acadêmica.
Questiona – justifica-se um campo científico dentro da Administração para investigar as questões de desenvolvimento? Como resposta, retoma as discussões sobre a fundamentação epistemológica e praxiológica da disciplina Administração do Desenvolvimento como um campo necessário da Administração. Este ensaio-teórico revisa os trabalhos de Riggs (1968),
Motta (1972), Caravantes (1988), Cooke (2004), Santos (2004), Martins (2004), Dlamini
(2008) e Gulrajani (2009). O resultado aponta para carência de uma disciplina acadêmica que possa explicar com propriedade o papel da gestão nas ações de desenvolvimento econômico, social e ambiental em países, regiões, lugares e organizações, semelhante aos desafios propostos pela administração política (SANTOS, 2010).
PALAVRAS-CHAVE: Administração; Gestão; Desenvolvimento.
1
Administrador (UESC), Mestre em Economia (UFBA), Doutorando em Gestão (UTAD/UFBA) e professor assistente do DCSA/UESB.
2
Administrador (UESB), Mestre em Administração(UFBA), Doutorando em Administração (NPGA/UFBA) e professor assistente do DCSA/UESB.
1. INTRODUÇÃO
Com as mudanças do sistema capitalista surgem novos formatos de organizações que demandam da Administração uma reflexão sobre a sua postura frente os grandes problemas sociais. Entre as mudanças que se vive, processa-se uma revisão profunda dos modelos de desenvolvimento, até há pouco tempo vigentes. Verifica-se hoje um certo abandono das duas visões segmentadas e opostas de desenvolvimento: o modelo socialista e o modelo neoliberal.
O primeiro consagrou o Estado como único agente de desenvolvimento. O segundo fez do
Mercado o senhor absoluto. Pela visão contemporânea, o desenvolvimento é