Trabalho Colegio
Ficou conhecida por Lia nos anos 1960, depois que Teca Calazans, incorporando versos cantados pela cirandeira, acrescentou:
"Esta ciranda quem me deu foi Lia, que mora na Ilha de Itamaracá".1
Gravou seu primeiro disco em 1977, intitulado A rainha da ciranda.
Em 1998 participou do Abril pro Rock, o que a fez ser famosa nacionalmente.
Gravou Eu sou Lia em 2000, que foi distribuído também na França.
Participou do curta-metragem Recife Frio do cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho. No filme Lia aparece cantando sua famosa ciranda "Eu Sou Lia, Minha Ciranda e Preta Cira" vestida com roupas de frio na praia de Itamaracá.
Bonita, essa Lia! Enorme, mulher de metro e oitenta. Os cabelos desarrumados, blusa florida, e calça jeans, pés gigantescos em sandália de couro cru. Não está nada à vontade, devemos ser mais alguns daqueles forasteiros que vêm para tirar fotografias, posar ao lado se possível com um sorriso que por enquanto economiza, como também raciona as palavras... "E vive de quê, a Lia?" Da profissão de merendeira escolar, empregada do Estado". "Ganho Salário." ... Pergunto se ela não quer participar do disco do Capiba, diz que vai sim e não tenho muito por que acreditar. Promessas deve receber a toda hora, nota-se isso no olhar entristecido que quase nunca se fixa no interlocutor, vagueia de um lado para outro, como se buscasse na linha do horizonte as palavras de seu fraseado curto, quase monocórdio. E como é na hora da ciranda, hein Lia? "É cachorro amarrado e pau comendo!" Aí desamarra a boca, solta-se um pouco mais, parece que vejo os seios bufarem quando fala de ciranda. E aí começa a cantar uma que Capiba lhe fez de presente: "Minha ciranda não é minha só / é de todos nós / a melodia principal quem guia é a primeira voz / pra se dançar ciranda / juntamos mão com mão / formando uma roda / cantando uma