Trabalho Bombril

Artigo – 4º. Per ADM – Prof.Mônica – Contabilidade Gerencial

Quando um nome vale uma empresa | 18.10.2005
A sobrevivência da Bombril mostra como uma marca pode se tornar a tábua de salvação do negócio Por Silvana Mautone
EXAME O que dizer de uma empresa com dívidas tributárias que ultrapassam 1,5 bilhão de reais, que chegou a suspender a produção por falta de pagamento de matérias-primas e enfrenta rotineiramente a concorrência de multinacionais do porte da Unilever? Pode-se afirmar que qualquer companhia, nessas circunstâncias, está agonizante. Os fatos recentes da história da Bombril, em princípio, conduziriam a essa conclusão. Seu ex-controlador Sergio Cragnotti encontra-se preso na Itália, acusado de desvios irregulares de dinheiro -- o que levou a Bombril a beirar a falência. A empresa passou a ser presidida por um interventor nomeado pela Justiça. Diante disso, como explicar sua sobrevivência? A resposta está na força de sua marca cinqüentenária. "Ela está blindada", afirma Jaime Troiano, consultor paulistano especializado em marketing. "É desses raros casos em que a aceitação da marca é tão ampla que se tornou sinônimo de uma categoria." E é com esse trunfo que a atual gestão vem tentando reerguer a companhia, resgatando fatias importantes de participação de mercado. Hoje, a maioria de seus produtos é líder ou vice-líder de vendas.

A Bombril vai a leilão até fevereiro de 2006. Estima-se que mais de 50% de seu valor de mercado -- 325 milhões de reais em meados de outubro -- seja atribuído exclusivamente à marca. O lance mínimo do total das ações ordinárias, que representam 38% da empresa e permitem seu controle, foi definido em 215 milhões de reais. (A consultoria Advis Bancorp, que fez a avaliação a pedido da Justiça, não se pronuncia a respeito; o processo corre sob segredo.) "Apesar de o risco da empresa em si hoje ser alto, devido às inúmeras dívidas e às disputas judiciais que a envolvem, o risco da marca é baixo", diz Troiano. "Há