Trabalho acadêmico

No capítulo um do livro as metamorfoses da questão social do autor Robert Castel (A proteção próxima) faz uma analise na trajetória das transformações social-assistencial, que se organizaram em torno de características formais que se encontraram em todas as sociedades históricas. Castel busca uma tentativa para evidenciar as características que constituem a lógica da assistência. A constelação da assistência assumiu evidentemente formas particulares em cada formação social, mas Castel da maior ênfase na formação Social no Ocidente Cristão, porque para ele, sempre fez parte da nossa herança: as disputas contemporâneas da assistência que ainda são constituídas em torno de coordenadas de que só se percebe no sentido quando relacionadas com situações históricas que constituíram desde a Idade Média e que a configuração assistencial interferiu e continua interferindo na grande fase da questão social que é sobretudo a problemática do trabalho.
A sociabilidade primária
O social assistencial pode ser caracterizado por obstáculos aos modos de se organizar coletivamente que fazem economia deste tipo de recurso. Existem sociedades sem social, o social nesse contexto não deve ser entendido como o conjunto das relações humanas que define o viver em sociedade. Castel passa a chamar de “societal” esse tipo de relação que diz respeito à existência coletiva. Pelo contrário, o social é uma característica especifica de práticas que não são encontradas em todas as coletividades/relações humanas. O sistema que une diretamente os membros do grupo familiar, vizinhança, trabalho, é interdependente sem a mediação de instituições específicas. Quando o indivíduo nasce, ele se estabelece numa rede de obrigações; reproduz as heranças advindas da tradição e dos costumes. Nessas formações há maior grau de economia política que o “social” propriamente dita, há o domínio da prática. Formas estáveis de relações acompanham a realização dos principais papéis sociais na vizinhança, na família, no