Trabalhin 1
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Para Hannah Arendt a forma de trabalho de Marx é ultrapassada pois, a forma de trabalhar muda devido a época em que se vive.Caso a teoria de Marx fosse posta em prática em uma sociedade totalmente socializada, onde a única finalidade seria a sustentação do processo vital a distinção entre trabalho e obra desapareceria completamente e toda obra se tornaria trabalho pois todas as tarefas teriam uma função apenas no processo vital.
Hannah Arendt comenta também que na era moderna, tal como na teoria de Marx, não há uma distinção entre o trabalho manual e o trabalho intelectual. Haveria, nesta época, mais interesse na produtividade do trabalho incluído aí a obra. Não importaria, tanto para o capitalismo como para os modernos, diferentes tipos de trabalho, mas importaria no caso comprar e vender no mercado de trabalho a “força de trabalho”, da qual todo ser humano deve possuir aproximadamente a mesma quantidade.
Assim, enquanto a teoria antiga desprezava o trabalho, a teoria moderna o glorifica, louvando-lhe a produtividade. Na modernidade, a subjetividade é revelada na distinção entre trabalho leve e pesado e é medida em relação às necessidades do processo vital para fins da própria reprodução e reside no excedente potencial inerente à força de trabalho humana e não na qualidade ou caráter das coisas que produz. Portanto, a distinção entre trabalho e obra torna-se uma diferença de grau quando não se leva em conta o caráter da coisa produzida, nem sua localização, sua função e a duração de sua permanência no mundo.
Para a Arendt, desde a antiguidade grega, era na esfera pública que se dava a ação, ou seja, a prática da liberdade que permitia ao homem a expressão de sua real identidade. Mas na Idade Média, essa ação, antes vista como o espaço da liberdade e da possibilidade de transcendência, perde hierarquia e se iguala ao trabalho e ao labor, passando a representar apenas uma necessidade humana entre outras, na luta pela sua