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Literatura norte-americana

A América Puritana e o papel da mulher nesta sociedade A sociedade americana puritana era completamente voltada para os valores religiosos. Deus era o centro de tudo. Os puritanos eram radicais e acreditavam que qualquer atitude oposta a sua fé era proveniente de algo maligno. Havia a figura eclesiástica, geralmente um pastor, que era considerado “ porta-voz” de Deus por não haver nele mácula ou pecado. As pessoas levavam a fé muito a sério com a finalidade de lhes serem reservados um ' pedacinho do céu”, pedacinho esse muitas das vezes vendido pelo pastor. As mulheres por sua vez eram a parte mais oprimida desta sociedade de característica patriarcal, onde seus interesses e vontades não tinham a menor importância. A elas era limitado o dever de cuidar da casa e da família, enquanto o marido buscava a provisão nos campos. Elas também ajudavam nas colheitas quando solicitadas e exerciam um papel altamente submisso ao marido. Se uma mulher fosse solteira ou viúva, ela corria um sério risco de ser acusada de bruxaria pois os puritanos alegavam que elas seriam mais suscetíveis às tentações do que as mulheres casadas. Mas na realidade o que acontecia era um jogo de interesses por parte da Igreja, pois se apoderava das posses dessas mulheres a partir do momento em que essas perdiam suas vidas por conta das acusações de bruxaria. Não havia quem as defendessem e se aparecesse, logo morreria sob a acusação de feitiçaria também. As causas eram julgadas a gosto e favor daqueles que lideravam a sociedade, o que permitiu durante algum tempo a “caça” a essas pessoas acusadas de bruxaria e consequentemente a morte de milhares de inocentes.