TRAB DE SOC PP DURKHEIM

Átila Roque em uma entrevista feita por Marcelo Pellegrini, para a Carta Capital em 8 de dezembro de 2014,colocou em pauta um dos assuntos mais polêmicos do Brasil, o grande preconceito que os negros sofrem quando o assunto é crime, com dados e estatísticas que Átila mostra que há uma enorme diferença entre as mortes da população branca e a população negra, deixando clara á existência de um genocídio, e o mais grave dessa história é que a sociedade se acostumou em ver o negro nessa situação, a noticia de um negro morto em uma troca de tiros com policiais ou em qualquer outra situação de conflito já virou normal.
Após a leitura do texto “Segurança Pública, pauta dos conservadores?” no qual o diretor executivo da Anistia Internacional no Brasil, Átila Roque, faz uma análise sobre a criminalidade no Brasil, é possível relacionar aspectos da entrevista com teorias da sociologia elaboradas no final do séc. XIX por Émile Durkheim. Durkheim, foi um dos pioneiros dos estudos sociológicos e suas considerações embora baseadas na sociedade de sua época e também de fatos históricos, são aplicáveis facilmente na compreensão de fenômenos sociais do presente como é o caso da violência urbana. O sociólogo baseava-se na ideia de que o indivíduo é produto da sociedade que vive. A sociedade já esta estabelecida quando o indivíduo nasce e ela impõe regras comportamentais ao indivíduo. Os acontecimentos na sociedade são os “fatos sociais”, regidos por regras, religião, moral e o que se observa nesses fatos é a obediência ou não a anormalidade. Aqueles que não agem de acordo com as regras do “todo”, são apontados como causadores de problemas quando na realidade foi à sociedade que motivou nesses indivíduos uma ação fora dos padrões. Nessa visão, Durkheim coloca sobre a sociedade a responsabilidade pelo indivíduo. Podemos dizer que se aproxima de um fato social patológico o número de jovens negros mortos no Brasil anualmente pode-se dizer que equivale ao número de mortos produzidos