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No caminho que se percorreu até a Abolição da Escravatura, muitos fatos foram de fundamental importância para a concretização deste movimento. As rebeliões, as fugas, os quilombos, os trabalhos mal executados ou não cumpridos eram formas de manifestações dos negros que esbarravam em uma legislação rígida e um aparelho repressivo bem constituído que sufocavam as revoltas e impediam a concretização dos ideais de liberdade dos escravos.
O processo de emancipação aspirado pelos negros só ganhou força a partir da segunda metade do século XIX quando o protesto de alguns setores da classe dominante se juntou à luta dos negros.
Mas, devemos levar em conta que essa política emancipacionista ocorreu de forma progressiva, devido a resistência dos fazendeiros escravocratas que eram a base de sustentação política da monarquia.
PROCESSO DE ABOLIÇÃO DA ESCRAVIDÃO
Com o fim da Guerra do Paraguai assinalamos um período novo de agitação política no Brasil em todas as esferas da vida publica do Brasil. Reavivava-se assim um novo sentimento nacional. Dessas agitações, sem dúvida alguma, a abolição da escravatura avultava em primeiro plano. Impunha-se, porém para a classe dominante, os latifundiários escravistas, prudência governamental diante de um problema desse porte, que tinha implicações de ordem social, política e, sobretudo econômica.
Somente em 1872, foi aprovada a primeira lei anti-escravidão no Brasil, conhecida como a Lei do Ventre-Livre. Os filhos dos escravos que nasciam após a promulgação de tal lei, seriam livres, assim dentro de duas gerações não haveria mais escravos no Brasil, diziam os que aprovaram essa lei. Entretanto, esses filhos teriam que ficar junto de sua família até completar os 21 anos.
A luta prosseguia. Fundou-se em 1884 o Partido Abolicionista, com cooperação de uma classe intelectual, como jornalistas, advogados, oradores, políticos etc. Com o tempo o novo partido passou a ganhar mais força e dimensão. A pressão da opinião pública