TPC Hugo Cassirer
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Trabalho de Casa de FilosofiaPágina 103 – Grupo III – 1.1
O excerto lido do livro de Ernst Cassirer Antropologia Filosófica tem nele contido diversas matérias de interesse já anteriormente estudadas na disciplina de Filosofia.
«A característica saliente e distintiva do homem não é uma natureza metafisica ou física, mas sim a sua obra». O autor pretende tornar claro que o homem não se evidencia através da sua componente metafisica ou física, mas sim através da sua “ação”. A sua “ação” parte de um conjunto de conceitos que a tornam possível, como: a intenção (propósito), o motivo (justificação), a deliberação (capacidade de ponderar) e a decisão (capacidade de opção). A ação é ainda sujeita a influências externas ao homem – as condicionantes. Estas condicionantes podem ser intrínsecas ou extrínsecas. No caso das intrínsecas, existem fatores biológicos, como a fome e a sede, que não podem ser esquecidos, visto que fazem parte da nossa definição de ser. Já no caso das extrínsecas, existem sobretudo influências socioculturais que são por vezes inconscientemente adquiridas. Entramos assim no campo das “heranças culturais”- conjunto de valores transmitidos, através do processo de aculturação entre gerações, que são característicos da identidade de um povo. Os «vínculos comuns» que asseguram a passagem de costumes/valores entre gerações.
A identidade cultural constrói-se pela variedade de experiências que contribuem para o enriquecimento da sociedade ou do individuo ao longo da sua existência. Surge assim o problema do relativismo cultural, sobre o qual existem duas doutrinas: o etnocentrismo e o relativismo. O etnocentrismo defende a superioridade de uma cultura, sendo os valores subjacentes à mesma, superiores em relação a outros de outras culturas. Por outro lado o relativismo defende que não existem valores absolutos, que existem várias culturas mas nenhuma superior em relação às outras e que não existem verdades morais absolutas.
Mas será que todos os