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Piazza del Popolo
O urbanismo barroco expandiu-se durante os séculos XVII e XVIII, promovendo um prolongamento do conceito de perspectiva e valorização das vias e monumentos, presentes no Renascimento. A cidade barroca buscava divulgar os sistemas dominantes materializados em edifícios, como praças, igrejas e palácios. “A praça é um componente básico do tecido urbano italiano. É um espaço aberto exterior que funciona integralmente na cidade. Conectada por ruas a outras seções da cidade, as praças criam a noção de espaço e perspectiva, encaixando-se como pedaços policromáticos de um quebra-cabeças.” (FUSCH, 1994)
O Papa Sisto V foi um dos responsáveis por propostas de desenvolvimento urbano na capital italiana. Baseando-se em princípios já idealizados, o papa encomendou projetos de ruas estreitas, longas e interligadas num sistema irradiando de um único ponto, direcionadas a um monumento para captar o olhar, além de praças uniformes e imponentes.
A Piazza del Popolo está localizada na principal entrada norte da cidade de Roma, a Porta Flaminia. Ao longo dos anos, diversos papas, arquitetos e artistas deixaram suas marcas na praça. Em 1589, o Papa Sisto V adornou a praça com um grande obelisco colocado no centro. O obelisco foi construído no tempo dos faraós Ramsés II e Merneptá (1232 – 1220 a.C.), levado para Roma pelo imperador romano Augusto e colocado anteriormente no Circo Máximo. A mudança foi encarregada a Domenico Fontana, que alterou o lugar de uma fonte de Giacomo dela Porta (1572) para que o obelisco ficasse exatamente no centro. A praça sofreu várias alterações até sua configuração elíptica atual, sendo a última delas realizada por Giuseppe Valadier.
O Papa Alexandre VII encomendou um projeto para a entrada da Via del Corso ao arquiteto Carlo Rainaldi, incluindo duas igrejas de planta central idêntica. As igrejas Santa Maria in Montesanto e Santa Maria dei Miracoli deram um novo aspecto a praça. A primeira foi construída sobre uma igreja mais antiga