Toxicologia
Alexandre Blos Borges Helen Nuernberg Ronchi Thatiane Cordini Fernandes Claus Tröger Pich1 Reginaldo Geremias2 RESUmO
A indústria carbonífera é uma das principais atividades econômicas do sul de Santa Catarina, Brasil. Entretanto, gera rejeitos carbonosos não aproveitados economicamente e capazes de contaminar mananciais hídricos, incluindo o Rio Urussanga. Este trabalho teve como objetivo utilizar rejeito carbonoso calcinado para o tratamento de águas atingidas por resíduos da mineração de carvão. Amostras de águas do Rio Urussanga e de rejeitos carbonosos foram coletadas. O rejeito foi submetido à calcinação para obtenção de óxidos de metais. As águas foram tratadas com rejeito carbonoso calcinado em sistema de batelada. Antes e após o tratamento, foram determinadas as concentrações dos íons de metais Al (III), Fe (III) e Mn (II) e o pH. Foram efetuados ensaios de toxicidade aguda em Artemia sp. e Daphnia magna expostos a diferentes diluições das águas não tratadas e tratadas, sendo determinada a concentração letal média (CL50) para Artemia sp. e o Fator de Diluição (FD) para Daphnia magna. O teste de fitotoxicidade foi realizado em Allium cepa L. expostas às águas não tratadas e tratadas, sendo avaliada a inibição do crescimento das raízes. Os resultados permitem demonstrar que o tratamento elevou o pH e promoveu expressiva remoção dos íons de metais. Foi observado que após o tratamento não houve mortalidade para Artemia sp., sendo constatada a redução da toxicidade para Daphnia magna e crescimento normal das raízes em Allium cepa L. Concluiu-se que o rejeito carbonoso calcinado poderia ser utilizado como uma alternativa de tratamento das águas atingidas por contaminantes da mineração do carvão. Palavras-chave: rejeito carbonoso calcinado, Rio Urussanga (SC/Brasil), pH, metais, toxicidade
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Curso de Ciências Rurais da Universidade